Amador
...que ou o que ama
...que ou quem se dedica a uma arte ou um ofício por gosto ou curiosidade, não profissional
...que ou aquele que ainda não domina a actividade a que se dedicou, revelando-se inábil, incompetente
A árvore como monumento
As árvores e os maciços arbóreos classificados de interesse público constituem um património de elevadíssimo valor ecológico, paisagístico, cultural e histórico, em grande medida desconhecida da população portuguesa.
Quantos portugueses sabem que no seu país se encontra a árvore mais alta de toda a Europa? Quantos tavirenses conhecem a vetusta oliveira de Pedras de El Rei, cuja idade foi medida em mais de 2000 anos, sendo portanto anterior à era cristã? Imaginam os lisboetas que se cruzam diariamente com dezenas de árvores notáveis que testemunharam acontecimentos decisivos da história de Portugal?
No entanto, já desde o século XIX que silvicultores e naturalistas apelam à protecção de arvores colossais, que representariam o remanescente da antiga cobertura indígena e anteviam o prodigioso desenvolvimento de outras espécies exóticas recém introduzidas, cujo rápido crescimento certamente as levaria a suplantar em dimensão o arvoredo autóctone
Bela-sombra (Phytolacca dioica L.), árvore jovem de dimensões já excepcionais, no bairro da Fábrica de Porcelanas da Vista Alegre (Ílhavo)
Carvalho-alvarinho (Quercus robur L.), do Jardim Municipal de Paços de Ferreira.
Pinheiro-bravo (Pinus pinaster Ait.), da Mata Nacional de Leiria (São Pedro de Moel, Marinha Grande). Estas árvores, retorcidas pelo efeito dos ventos dominantes, são vulgarmente designadas por pinheiros-serpente.
Eucalyptus diversicolor Müller (karri), na Mata Nacional de Vale de Canas (Coimbra), plantado no final do séc. XIX. Com 75m de altura e mais de 30 metros de tronco limpo de ramos, é a mais alta árvore da Europa.
João Rocha Pinho Brochura da Direcção Geral das Florestas